A presidente Dilma Rousseff, em conversa com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que concorrerá à reeleição em 2014 e pediu apoio ao aliado socialista, disseram duas fontes do partido.
A conversa entre Dilma e Campos foi franca. A presidente disse ao governador compreender os movimentos do partido aliado, com o crescimento eleitoral da legenda, mas que isso não interfere na relação com o governo, segundo relato de um dos socialistas ouvidos, que pediu anonimato.
Depois de fazer esse preâmbulo, Dilma disse ao aliado que concorrerá à reeleição e gostaria de continuar contando com o apoio do PSB, presidido por Campos. Essa disposição de Dilma foi confirmada por outro socialista, que conversou com Campos depois do encontro com a presidente e também pediu para não ter seu nome revelado.
Desde que chegou à Presidência, Dilma nunca assumiu publicamente que concorreria à reeleição, mas ao dizer que será candidata a um aliado que pode ser seu adversário mostra ter começado a montar a estratégia para a reeleição. Dentro do PT, no entanto, sempre se manteve a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentar retornar ao posto em 2014.
Ex-chefe de gabinete de Lula entre 2003 e 2010, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, chegou a afirmar que o ex-presidente estava no “banco de reservas” e poderia ser convocado.
Depois de ouvir de Dilma sobre seus planos, Campos lembrou a longa parceira do PSB com o PT e disse ser legítimo o anseio de seu partido, diante do crescimento eleitoral, de vislumbrar a possibilidade de um projeto próprio de poder, segundo as fontes.
“Ele foi sincero e disse à presidente que o partido continuará sendo fiel à aliança, ajudará o governo a enfrentar as dificuldades, mas sobre 2014 só deveriam tratar em 2014”, disse uma das fontes.
Na saída do encontro no Planalto, Campos usou o mesmo discurso de deixar 2014 para 2014 ao ser questionado por jornalistas, esquivando-se de falar sobre qualquer compromisso com uma aliança para a campanha de reeleição da presidente Dilma daqui a um ano.
Anulação de Voto
Muitas pessoas se perguntam como anular o voto. No entanto, devemos lembrar que o voto nulo não irá anular a eleição. Então, para votar nulo você deve digitar no terminal um número que não corresponde a nenhum partido.